E, também, para conversar, inventar, sorrir, trocar, criar. Muitos são os verbos que cabem neste projeto-ação lançado no último dia 30/03 pelo Ibeac, Rede LiteraSampa e Consulado Geral da República Federal da Alemanha em São Paulo, com apoio financeiro do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha.
O lançamento aconteceu em um seminário que reuniu mais de 200 pessoas da cadeia criativa e mediadora do livro, leitura e bibliotecas e 20 adolescentes e jovens leitores(as) que acabam de ser convidados pelas bibliotecas comunitárias para integrarem-se à ação.
Para começar, o grupo de teatro Artemanha levou o público a lembrar as violações dos Direitos Humanos de Mulheres, com a peça Davis: a voz da Liberdade. Foram lembradas: Marielle Franco, Maria da Penha, Cláudia Silva, Malala, Angela Davis, Audre Lord.
Na mesa de abertura, “Literatura e Direitos Humanos” Bel Santos Mayer apresentou o objetivo do projeto de disseminar informações de qualidade acerca dos Direitos Humanos, a partir da seleção, leitura e debate de 50 obras literárias pelos adolescentes e jovens mediadores de leitura da LiteraSampa. A lista de livros indicada por um grupo de escritores(as) e mediadores(as) de leitura, – Luiz Silva (Cuti), Rogério Pereira, Ana Maria Gonçalves, Letícia Lisboa, Camila Dias – deve ser levada a público nas próximas semanas, com suas “cartas aos jovens leitores” justificando as escolhas.
Um vídeo com os jovens lendo o discurso apresentado na abertura da Feira de Frankfurt, abriu para que Luiz Ruffato, autor do discurso e de obras que são referência para o LiteraSampa (Eles eram muitos cavalos, De mim já nem se lembra, Inferno Provisório entre outros) atualizasse dados que pioraram no país e traçasse fios de esperança, como ter jovens lendo, como reunir-se para falar dos Direitos Humanos.
O Sr. Consul Geral Adjunto da Alemanha em São Paulo – Sr Jens Gust “vestiu a camisa”, na verdade o boné bordado na véspera com a inscrição “Human Rigths”. O Sr. Jens falou sobre a importância de criarmos formas para falar, principalmente com aqueles e aquelas que estão distantes do tema e, nem sempre, estão próximos do que acreditamos. Destacou a importância do diálogo.
Na segunda-feira (01/04) o grupo já estava reunido, conhecendo-se, construindo agenda de encontro para conversar sobre Direitos Humanos, para combinar o primeiro livro a ser lido coletivamente, a produção de sinopses, vídeos, podcast e de outros materiais de comunicação convidando à leitura.
Haverá muito para ver, ler, contar, viver, compartilhar e por aí vai.