Os sentidos sensíveis da vida – a arte como possibilidade de cura

O que falar desse curso por essa foto???

 

Rafael Simões é jovem gestor e mediador de leitura da BC caminhos da Leitura.

Rafael Simões é jovem gestor e mediador de leitura da BC caminhos da Leitura.

Muitos falarão: “Ele está dormindo!” outros “Nossa, esse curso devia estar um tédio! Olha a cara dele!” Mas, é aí que nos enganamos, porque essa é a imagem de alguém que está muito envolvido na atividade de ouvir diferentes tipos de músicas: Forró, Clássica, MPB, Cubana e Tango e poemas. Praticando o “ouvir” para distinguir as batidas das músicas, os instrumentos, o que acha ou sente a partir daqueles sons e palavras, para analisar como muitas vezes deixamos de observar certos detalhes. Isto se dá tanto no caso de ouvir músicas e poemas, quanto no nosso dia-a-dia. Quantas coisas deixamos de ver e ouvir?

No primeiro dia do curso “Os sentidos sensíveis da vida – a arte como possibilidade de cura” exercitamos o “ouvir” e o “ver” através de imagens de pinturas de Rafael, Michelangelo entre outros artistas, e de pessoas fotografadas por Pierre Verger, Sebastião Salgado e Alexa Meade. Vimos desde “pinturas calmas” com imagens harmoniosas, clássicas e coloridas a imagens “mais agitadas” em preto e branco.

Em meio à “leitura das imagens” Tággidi nos fala que nosso olhar, hoje, se dá em tela. “Como assim, vemos em tela?” nos perguntamos. Ela acrescentou que por estarmos muito tempo diante de TV, celulares e computadores, vemos de forma enquadrada ao invés de ampla. Poderia ser um olhar focado e com profundidade, mas geralmente é superficial.  Quem me conhece, já me ouviu dizer: “Estamos vendo como cavalos de charrete: em uma única direção” e com isso, esquecemos de ver além das simples telas, perdemos planos mais amplos e panorâmicos das paisagens e das coisas. Temos belas imagens por aí, como céu: céu estrelado, azul, ensolarado, com nuvens que nos convidam a imaginar. Quem nunca brincou de encontrar animais e objetos nos formatos das nuvens?

Nesse curso, Tággidi nos mostra como muitas vezes essas pequenas alegrias, pequenas coisas que em muitos lugares são pontos importantes para uma vida boa, nos preenche de sentimentos muito diversos. É um convite para viver e sentir a vida, o mundo e tudo o que está em nossa volta. É um momento para pensar como podemos nos mover através de todos os sentidos: visão, audição, paladar, tato, olfato e propriocepção – sentido que ajuda saber onde nosso corpo está; sentir e perceber nosso corpo no espaço. Foi momento de deixar emergir a riqueza de nossas histórias e lembranças pessoais.

Estamos nos preparando para o próximo encontro, olhando à nossa volta, ouvindo músicas não habituais. Experimentando ver, ouvir, sentir mais. Fica o convite para você também.

 

Rafael Simões é jovem gestor e mediador de leitura da BC caminhos da Leitura


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Uma resposta para “Os sentidos sensíveis da vida – a arte como possibilidade de cura”

  1. Bel disse:

    Gostei de ler, Rafael! Foi como estar novamente na oficina com Tággide.